sábado, 8 de janeiro de 2011

Memória de minhas putas tristes.

“No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem. Lembrei de Rosa Cabarcas, a dona de uma casa clandestina que costumava avisar aos seus bons clientes quando tinha alguma novidade disponível. Nunca sucumbi a essa nem a nenhuma de suas muitas tentações obscenas, mas ela não acreditava na pureza de meus princípios. Também a moral é uma questão de tempo dizia com sorriso maligno, você vai ver”.( Gabriel Garcia Márquez)


Foi através de uma amiga que fiquei sabendo deste livro. De imediato pensei que se tratava de uma literatura erótica, fiquei curiosa e empolgada para ler :D  afinal de contas o seu autor, Gabriel Garcia Márquez, foi premiado nada mais nada menos que com o prêmio Nobel de literatura, e com certeza isso chama a atenção do leitor, pois desperta o interesse por saber o quê que tal obra tem? Então resolvi comprar o livro e iniciei a leitura.

Surpreendi-me, pois pensava encontrar uma história picante, mais ou menos similar a “A casa dos budas ditosos” de João Ubaldo Ribeiro. Não foi o que aconteceu. Pouco se falou, de fato, de erotismo. O assunto predominante foi o amor genuíno e absoluto que um velho jornalista de 90 anos descobriu já na etapa final da vida, amor esse, que não sentira antes em toda sua vida. A obra não se resume apenas ao amor veemente e límpido que o velho sentia pela jovem de 14 anos, mas também faz uma reflexão sobre a velhice, até que ponto a idade interfere nos nossos sentimentos, gostos e desejos. Nos leva a refletir melhor no tempo, no que estamos fazendo com o nosso tempo, com a nossa juventude. Ao ler esse livro fiquei com vontade de planejar mais e  melhor minha vida, e não simplesmente deixar a vida me levar, de ficar mais atententa as coisas simples, dar mais valor a elas. ah! fiquei meio sentimental também. Além dessas coisas, passei a enxergar a velhice não mais como antes, mas sim que ficar idoso não é sinônimo de improdutividade e incapacidade, muito pelo contrário, podemos produzir coisas melhor com mais precisão, pois estamos mais experientes e podemos compreender coisas que na juventude não era tão claro assim.

No geral o que posso dizer é que gostei da obra, apesar de ter ido com muita sede ao pote e não ter sido saciada. Pensava encontrar algo mais estupendo, não no âmbito erótico, mas em conteúdo, em significância. Acho q a obra em alguns momentos foi vaga, tipo: teve momentos da narrativa bastante irrelevante, dando a impressão de que o autor estava enchendo linguiça.  Digamos que se eu fosse atribuir uma nota para essa obra específica, atribuiria 8, e para o autor 10. :-D Pow fico até sem jeito de criticar dessa forma a obra de um autor tão aclamado, mas quero que fique claro q não estou  criticando-o como autor no geral, e sim tentando dizer q essa obra especificamente não foi a sua melhor; talvez Márquez não deu o seu melhor ao escrevê-la. Foi boa, mas poderia ter sido muito mais.
by: Nany Oliver

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